Mudança

Sobre a mudança

As pessoas que experimentam variadas formas de exercer seu potencial, de averiguar quais são e como se conectam as cinco dimensões do trabalho, mudar de rotina, alterar parte do ciclo social, e que buscam ter clareza sobre si mesmo, permitem experimentar também da mudança como uma ação que embora impacte e altere muitas coisas, é uma mudança baseada mais em conquistas do que em medos.

Achar uma carreira gratificante é um longo caminho, que talvez não seja a resposta em si mesma e que, a depender, demande atualização sempre, afinal, não somos hoje quem seremos daqui alguns anos e, mesmo que fôssemos, o mundo não será e, consequentemente, vai demandar de nós mesmos transformações e novas maneiras de nos organizarmos e reaprendermos nossa forma de ser para darmos conta dos desafios externos.

Esse estado, que ao meu ver, será sempre cíclico e exigirá da gente sempre novas camadas de autoconhecimento, de angústias, de alteração de rotina, ciclos sociais e aprendizado, pode ser claramente ilustrado por uma frase do século XVIII, atribuída a um poeta persa, Sa'di: "Se o mergulhador preocupa-se apenas com o tubarão, jamais colocará as mãos na pérola".

Aqueles que, de alguma forma, são chacoalhados e passam a questionar o sentido da vida começam a voltar-se para dentro (…). Quando isso acontece, inicia-se uma longa jornada de autoconhecimento que o conduz ao reencontro com sua verdadeira identidade e, consequentemente, à revelação do seu propósito
Sri Prem Baba

Tememos o não reconhecimento. O não acolhimento. A não validação. De quem? Do mundo, das pessoas que gostamos, das pessoas com as quais nem importamos tanto. E mudar é, sobretudo, um ato de coragem, de assumir antes de tudo que algo não vai bem e colocar-se aberto e disposto a encarar seu lado mais sombrio, enfrentar seus medos e trazer para si a verdade. Externalizar, depois, pode parecer mais fácil ou mais difícil - isso é muito particular - mas é um movimento que quando compartilhado, traz, psicologicamente, confiança, reforço positivo, redefinição de premissas e preconceitos: é, em si, um renascimento.

Mudar é um ato colaborativo, porque você não muda sozinho. Você não passa por um processo de transição e de renovação das suas atividades, do exercício do seu talento, de passar horas e de viver o tempo das coisas, sem contar com alguém. Quando, qualquer pessoa conta para uma outra os temores e as insatisfações, aquele frio na barriga se intensifica, depois passa e se transforma positivamente em uma força que te empodera em seguir seu caminho e você descobre, enquanto pensa, reflete, planeja e se redescobre, muitas pessoas no mesmo processo e, muitas vezes, você até se sente aliviado por eventualmente aceitar que as suas dores são menores - e os desafios também - do que o de outros caminhantes de igual jornada.

Outras pessoas passaram pelo mesmo momento, conheça essa histórias.

Oprah Winfrey, Finding Your Purpose in Life and Living Your Dream

Nesse ciclo de sentimento em que o outro te retroalimenta de coragem, o movimento do mundo é impulsionado pela realização de feitos extraordinários, porque "noventa por cento do que separa gente bem-sucedida de gente fracassada é tempo, esforço e perseverança. A dor de fazer sacrifícios necessários sempre machuca mais do que você imagina. Eu sei. É uma merda. Dito isto, fazer alguma coisa seriamente criativa é uma das experiências mais extraordinárias que alguém pode ter nesta ou em qualquer outra vida", segundo Hugh MacLeod. E eu concordo. Porque não há nenhuma experiência mais gratificante do que ser feliz e, numa era em que "o profissional não se separa mais da pessoa", e que "ser feliz é experimentar emoções positivas com freqüência e sentir que a vida é boa" - Sonja Lyubomirsky, autora de "A ciência da Felicidade" - não buscar felicidade na realização pelo trabalho é quase não buscar felicidade na vida.

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